* (Um jogo múltiplo
Imprenssado O jornalogístico
É dirigido
À informal modelação
Do pensamento social)
I
Os macarrões de letrinhas
Pra fazer as sopinhas das crianças
Atingidas pelo alfabeto
São produzidas
Nos mercados de pastéis
À noite
Em sua calada
Massinhas sisudas
Empurradas boca a dentro
Pelas mamães e pelos papais
Atestam a fácil digestão
Do filhinho de braço forte
Massudo
. . .
II
Os vários filhos chorando
Levantaram o novo mocambo
Da cidade divina distante
O preto pára pensando
No dia que acabou
Com o negro dos sapatos
E todas as horas rodadas
Assassinadas no jornal
Que ele não leu
Nem comeu
. . .
III
Um marceneiro sem madeira
Quando pisou as serragens funestas
Viu o clima criado dentro do cercado
Percebeu a morte do poeta
E a meta na chegada do clarão
Explodindo ao lado do arame farpado
. . .
IV
Numa igreja um religioso
Rebenta furioso
O altar de sua missão
Soube mal
Era vinho barato
Servido na ocasião
. . .
V
Urgente!
Leiam a criança e o punhal
O verso do verbo
Rasgar o
Explodir todo
Antecipar matando
Ventre materno
Um hospital
A criação
. . .
VI
Procurem!
Um homem ladrar e morder
Alguém escrever de cor
Never more... Never more
VII
Observe!
O que o homem oferece
Não é nenhuma prece
É filosofia
- aparelho que transforma
água quente em água fria
É vida provisória
Sem temor da segurança
Que vem na dança oficial dos
automóveis
. . .
VIII
Veja!
Um cego ganhar um contato
E sair enxergando por aí
Até a prisão pelos anjos do céu arco-
íris
Na direta reta fetal
Trilhada muito estreita
Pelos oftalmologistas impressionistas
- Um pouco de cinema
O cinema mudo que não muda
O país que nem se fala
No silêncio do sueco
Do zé mudinho da ecologia
. . .
IX
E o paupérrimo cinco?
- desatado nó
Ato de Gargântua
Intriga da quinta lua
O sorteado descobre
Ganha vários pontos
Um ( x ) no teste ensangüentado
- gaveta certa pra medicina
E o mapa da mina?
Sta. Casa da Misericórdia
. . .
X
Olhe a foto do passado
Das pessoas presas
Por um futuro ideológico
Estão de fato presas no presente
Desaparecidas
. . .
XI
Reza!
Bastante, agoráfobo
Bastante, na ágora florida
Bastante, oração
Bastante, agouro
Reza!
Depois não pregue
Por cima do muro
"Orei, Galileu, Galilei!"
o cego segue sua saga
ResponderExcluirde enxergar o que todos veem
do escravo da nike
ao trabalhador do porão
eles não precisam enxergar
o Chen não vai
para Miame nem Hawaí
quem sabe o Paraguai?fm