para Noel Nutels
Ah! Povo amado desarmado
Suas estradas cortam
As linhas do meu corpo
Em cada um sou aculturado
Com a pena de Debret sobre o gentio
Assumo o bater de teclas
Num piano branco de carnaúba
Pleno piedoso paternalista
Pregado
Com cravos da reforma
Do avô do pai do filho Rondon
E lendo a pauta dessa parede...
Ah! Infância desamparada
Obrigada a vestir-se com o que há
De mais antigo
Suas contas sempre de vidro
Os colares, dados coloridos
Exclama a nação do Planalto:
É pacífico esconder as pirocas
Ah! Meu irmão de bunda nua
Falta-me o concreto armado
Para o altar de palha
Ser confessionário de Tupã
E descobrir entre o riso
Desses dentes obturados
A procedência dos escárnios
Obrigado Doutor pela vacina
Já falo russo tenho maldade
Pleno piedoso paternalista
ResponderExcluirMARAVILHA!!
P.S.: O índio da foto é um gato! rsrs..