para Annie Rottenstein
Rompeu-se o alicerce
a aranha esquece a teia
no seio da tecelã
No enlace, suave como um abraço
um nó
Fácil de tirar
Do teto à terra
a parede de algodão
assombra a visão de Deus
Enroscadas no bambu
cordas falam cobras e lagartos
Na procissão, outro nó
úmido como um pelo na pia
O nó
ciúme único da viúva negra
O vento que sopra das bocas
promove a fresta embandeirada
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