A musa do Drunkstein
Roteiro ou pesadelo
Da sala e de espera
Por um real movimento
E que em primeira página
Apenasmente é manchete
Faz-se escrito com mangue
Que vai indo. Vai rindo
No canil da monarquia
Faz-se visto para a rainha
Que veste luva de renda branca
Emprega cirurgiões plásticos
Torturadores impunes.
O livro é dívida de barulho
Pela camisa listrada
Detonação conotada
Quando sonhou e acabou coitado!
Acordando a cantilena plena
Do auxiliar das quatro linhas
- babaca do bandeirinha
Respondendo ao fogo de vinte e dois
Bruscamente
Pelo telefone, não há tronco
Madrigal escolar à minha valquíria
Reforma conjuntural
Chegança morreu!?
Ah! Incineraram o cavalo
Numa exclamação de leitura
Pelo vão quebrantamento?
Ah! Tristão!
Agora se entra na dança
Ou se segura o motorista
O livro é o momento
De visita ao cemitério
Enfeitado de flores violáceas
Para os mortos
Onde discussões acrílicas
Recusam o esteticismo
Ali no meio
Selecionado e insone
Pra dividir a mensagem da elegíada
Sem importância como o cafezinho
As mulheres são marias
Do mês dos mares e dos desmaios
Despidas madrigalescamente
Com luto fechado de homem
Dentro das conchas e salgado
O index é um livro gregoriano
De canto latino e jornal:
Panis et circensis
Vox Populi
Idos de setembro
Dissonância de fascinação
Foram-se os três sorrisos
Num dos cinco continentes
Em mil tons de poemas
E pássaros feitos de palha
Mas voaram numa ilha
Fazendo ninho num porto
Diferenciando a plantação
Calada na boca do corvo
O livro é a apreensão do real
Como se a máquina
Em minhas pernas
Batesse literalmente
Epílogo de tantas folhas
Forrando o sono da mulher-estrela
Na casa das pedras numa esteira
De uma pirâmide a ser invertida
Que entre pra ecologia!
Não morreu e nasceu
Nas teclas acorrentadas
Aos abraços do calendário
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