Para Léo Vitor
("Leo the last")
Eu vim aqui
Com uma dúzia de rosas
Pra te perdoar, Abel!
Matei naquela noite
E não te desculpo nesta tua morte
De irmão morto assemelhado
Pois temos os lábios cortados
No sexo de nossa mãe
Eu vim aqui
Com sete morcegos de bronze
Pra te habitar, Abel!
Eu sou convicto na tua caverna
Onde repouso verticalmente
Ao lado do pulmão arrancado
Até que teu sopro bondoso
Me sopre de novo o inferno
Eu vim aqui
Com tantos frutos colhidos
Quantas são as flores da campanha
Pra te amar, Abel!
Aqui dormirás comigo
Bem escondido no teu peito
Quando aqui ficaremos banidos
Pelo mal da eternidade
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