São seis horas da manhã
O sétimo ano se inicia
Inalterável e brasílico
E cada um escolhe uma cor
Que acena re-vo-lu-ci-o-ná-ri-o
Aos passantes desprevenidos
Com o berro do homem de barro
Por baixo das cruzes suadas
E círios acesos nas terras fixas
É acionada a nova partida
E cada um escuta um sino
Que soa graças ao Deus inexistente
A ouvidos desacompanhados
Lombo a lombo
A multidão recebe na praça
_ alguns com muita fumaça
A ordem unida de vida colorida
E cada um carrega uma flor de ferro
Que molha depressa nas cinco mãos
Dos seguranças infiltrados no chão
Em voz alta um livro repetido
É calendário facilitado
Como num espelho de vidro
E cada um é filósofo desta verdade
Como o número bem desenhado
Que assina como da primeira vez
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